Os Homens que a História não Amou
(Uma leitura da Obra "O Homem que amava cachorros-Leonardo Padura) Essa semana Trotski morreu. Protelei ao máximo, mas como acontecimento já ocorrido e de conhecimento de todos, não pude evitá-lo. Finalizei a leitura da obra de Leonardo Padura. Narrativa ficcional cuja densidade histórica nos leva a refletir sobre as profundas interconexões entre literatura e história. Ao longo de semanas, apeguei-me aos personagens, às suas histórias de exílio, conflitos e perseguições. No caso de Trotski, à sua luta tenaz para escapar à sanha stalinista. Mas Trotski também acreditou que em nome da utopia de uma sociedade sem classes de futuro glorioso, deveria se eliminar qualquer um que se interpusesse no caminho da revolução. Assim, provou de forma perversa do próprio modelo que ajudou a erguer. Por semanas estive em sua companhia, aliás, não só a dele, mas também na de seu algoz, Ramon Mercader, cuja mão, foi responsável em dar cabo de sua vida. Pelas páginas da obra de